segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Terra FIRME à vista?

Taí meu maior feito, ser uma fortaleza aos que avistam e um simpático castelinho de areia quando da aproximação.
Quedê
toda aquela certeza que eu fui moldando? Quedê a aquela auto estima convidativa e tranquila?

Basta uma decisão importante vir a tona e eu exumo antigos fantasmas, reavivo memórias e volto a remoer fósseis! rs
Tenho a estranha mania (ou predileção) de não esquecer pequenos&notavéis tropeços. Guardo pílulas de rancor no criadinho mudo, frases de efeito no bolso e mergulho em velhas tristezas.
A insegurança que eu jogo ao mar no dia a dia, parece se empilhar sem que eu perceba, e quando eu mais preciso descansar os olhos e apreciar a paisagem, ela ocupa toda extensão do horizonte.

Essa conversa do "futuro é hoje" que eu mesma venho difundindo aos quatros cantos, anda me assombrando debaixo da cama. Parece que quantas mais opções e oportunidades, menos lugares pra se esconder e pensar existem.

Hoje, lá pelas tantas, achei que tinha tomado uma decisão quanto ao meu futuro profissional e descoberto, enfim, o mapa do tesouro. Mas um faceiro email, de parcas linhas, decide florescer na minha caixa de entrada e diluir a minha mais recente certeza em um sonoro: "aguardo seu retorno".

Não vou ser eu a reclamar dessa estrela que eu ganhei quando nasci, que além de me guiar nas tempestades, tem o estranho custume de brilhar mesmo na bonança. No entanto, as vezes fica difícil perceber qual a melhor direção a seguir. A bússola que meus pais me deram pra brincar, fica cada vez mais difícil de decifrar.

Enquanto meia dúzia de containers de incerteza são desembarcados na minha marina, aguardo que chequem na laterna dos afogados, vai que me esqueceram por lá e eu nem percebi...

sábado, 18 de setembro de 2010

Meio

Estou envelhecendo.
Esqueço onde coloquei coisas, cultivo manias, me irrito facilmente.Vivo dizendo que estou cansada e o silêncio é o meu oasis, ando reclamando de música e tv com o som nas alturas.
Gosto de ir aos mesmos lugares, sou facilmente contrariada e fico aborrecida. Ensino coisas.
Não sou iludida nem ludibriada.
Rio das novidades e subestimo o futuro.
Desisti dos planos e só tenho metas.
Não choro copiosamente, me emociono discretamente e me apaixonei pela rotina!
Agora, gosto de café.
Tenho segurança como meu filtro solar, que independe da tempestade lá fora, eu passo todo dia.
Aprendi meia dúzia de regras sociais e vivo bem com elas.
Aprendi a falar nãos e evitar dramas.
Converso de política em bares e meu grau de preocupação aumentou.
Saio de relógio todo dia e fico triste ao me atrasar. Marco compromissos com antecedência e odeio desmarcar.
Preocupo-me com o passar do tempo, fico divagando sobre a correria da vida e gosto de café.
Não tenho pressa, critico e indico o melhor caminho.
Gosto de silêncio, café e livros, seriados e calmaria.
É, estou envelhecendo.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

anotações de esquecimentos.

pra escrever não é preciso palavras,
pra ver não é preciso olhos.
segredo é mais saboroso, tátil é mais visível e bancos sem almofada são confortáveis.
se bastar com a verdade, fazer dos dias anotações de esquecimentos.
se glorificar de enganos, se abster dos sucessos.
chorar canções sem vínculos, não sobresair.
ser mediano
ter valor. não ser tão discreto,
rir das pessoas. zombar.
beber e não estudar, marcar e não comparecer.
esperar o fracasso com o sucesso certo.
sonhar em flashes de sucesso.
não se compadecer.
se bastar.
brincar de quebra cabeças sem figuras.
nascer sabendo e ensinar por acaso, dançar pro fim.
amar por consequência.
esperar o semelhante, ser modelo e inspirar. se gabar e criticar. ser especialista.
não compartilhar. se esconder, viajar pro mesmo lugar.
socializar, ruborizar. desconhecer.
espreguiçar e deixar de ser.
perceber. deixar.
consumir. comprar. adquirir. tornar-se e acreditar.
se perder. se achar por pedaços, se reconhecer na alteridade.
elevar.
superar e não repetir.
cansar.
descanso, descansar e parar.

sábado, 17 de julho de 2010

i want some many things, and a i want it now.

sábado, 1 de maio de 2010

Não vi Pelé mas vi Twitter !


Recentemente vi minha mãe, uma quase quarentona, fã desanimada do orkut, se juntar à deliciosa rede do Twitter.
No início, a chatice dos telefonemas: "Filha, o que é RT? tô entendendo nada" ; "Filha,pq tem umas palavras com # na frente?";"Filha, pq a mensagem que eu mando pra um "amigo"meu não aparece na página dele e sim na minha?", estavam me estressando de verdade.
A intimidade com a ferramenta e o quão corriqueira ficaram as funções deixa impensável que alguém ainda não saiba como usar.
Mas com o passar do tempo a danadiinha está mais que familiarizada com a ferramenta, twita mais que eu, tem mais seguidores que eu e o melhor, tá muito mais famosa que eu.
Deixe-me explicar, minha mãe criou uma conta no twitter por conta do BBB, isso mesmo, o programa que deu um milhão e meio de reais para o ogro queridinho da galera, Marcelo Dourado.
Minha mãe, uma telespectadora assídua do programa, queria participar e entender mais da disputa, criou a conta no microblog e pronto! Twitava o dia inteiro, falava sozinha por um tempo, postava notícia 'antiga' e nem eu a seguia.
Com a familiaridade com as hashtags e RT's minha mãe foi ganhando seguidores, amigos, começou a dar "furos de reportagem" postando links em primeira mão, dando rt em famosos falando sobre o programa e especificamente sobre El Douradón.
A existência twítica de mamádi teve ápice no último dia 26, quando foi um dos 40 convidados do Brasil, através do twitter, para participar da comemoração do aniversário do Dourado, no Porcão da Barra, no Rio de Janeiro.
Além de ir, conhecer pessoalmente seus followers e amigos, a @mania__ trocou abraços, palavras e até presenteou o campeão, consagrado via twitter, do BBB10 e com o também famoso, twítica e normalmente, @ticostacruz .
A existência de @mania__ no twitter ainda é atrelada ao programa de tv, mas, Jovana Prazeres, como costumava ser conhecida, parece ter se apaixonado por essa rede social.

O que me assusta positivamente nesse 'caso' é que o twitter, que já parecia ter atingido seu auge com os web lovers, continua se expandindo e angariando novas contas de usuários. Sejam eles os desiludidos com o orkut e à procura de novos amigos, novas fofocas e etc, ou então, os que ainda descobrem as muitas funções dessa ferramenta que multiplica informações através de 140 caracteres.


A foto que encabeça esse post mostra a intimidade do campeão, @maktubdourado e da minha gatíssima mãe, @mania__.

Mais fotos do encontro com Dourado:
aqui.

Fã clube da torcida dourada, em construção, aqui. (Minha mãe é colunista e quem revisa os textos sou EU! rs)

e me siga aqui!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

seu abraço e nosso laço, naquele mesmo compasso que eu já julquei alucinação...

seu perfume, tão normal e corriqueiro.
agora só vivo de imaginação...

o assovio,o código do chamado, que de tão usado já virou despertador...

o andar ritmado, os passos acertados, no caminho que já não mais tentamos fugir...

o ciúme certo, o olhar amargo, a piada certa pra distrair...

os bares novos, a bebida tradicional, o cigarro de lado, um beijo então, enfim...

um prédio novo, uma crise de choro, um corredor e uma
escada.

a gente gosta é assim!

domingo, 28 de março de 2010

Ai 2010, "metadinha" vaai....

Eu nunca saí dizendo que meu 2010 ia ser um recomeço, não queria e nem quero começar as coisas de novo...
Meu 2009 foi atualizado constantemente, o f5, de refresh, nunca deixou de ser pressionado durante os 12 meses mais interessantes da minha vida...
O ano, pra mim, não parou. A cada obstáculo, pausa ou problema “portas mágicas” e “janelas surpresa” se abriam na minha frente. Probleminhas que costumavam ficar na cabeça por semanas, quase sempre, se resolviam com um sorriso e um pouco mais de boa vontade.
Nunca trabalhei tanto pra mim mesma e pros outros na faculdade, fiz de graça e cobrei muitos trabalhos, deixei de dormir, chorei de madrugada, terminei projetos finais 10 minutos antes de serem entregues e salvei a pele de uns quatro além de mim.
Entreguei-me, deixei-me levar...
Ano passado eu me conheci um tanto bom, descobri que o rosto que até então, eu julgava de criança, só aparenta inocência com muito esforço. A cabeça que eu julgava imatura, arregaçou as mangas e evoluiu. Notei que o antigo charme juvenil de “menina moça” natural e inocente é friamente calculado agora, buscando misturar ingenuidade e dissimulação a cada sorriso, a cada jogada de cabelo, a cada olhar discreto sempre buscando um ou dois alvos.
Percebi que eu não tenho medo de entrar em um carro no meio da noite, ter a melhor companhia de toda a minha vida durante quatro horas e me arrepender profundamente de ter deixado ele ir embora. Olhar pro céu a cada noite de lua cheia e ver as cenas se repetindo na minha cabeça, sonhando que outro alguém descubra o telefone da minha casa e me procure de novo e de novo...
O amor que eu julgava acabado mostrou que a-m-o-r-e-s não acabam, apenas mudam de denominação. O sexo, que andava junto e agarrado ao amor, decidiu sair pra passear com a casualidade e nunca mais voltou pra casa. O carinho decidiu tomar as rédeas de muitas situações e se mostrou pra quem realmente importava.
Importava, era, foi.
Aprendi que abdicar de boas sensações e costumes fazem mais mal que bem e que lembrar de momentos incríveis não os trazem de volta, nem ligando, nem mandando mensagem e nem sendo uma seguidora maníaca com um twitter na mão e um MSN fake na outra.
O meu silêncio nunca foi tão presente, calando pra consentir ou não, ele esteve presente. Descobri que mentir por omissão é bem melhor que inventar histórias que custamos a lembrar depois.

Descobri que tratar de assuntos passados é um dos meus papos mais constantes.
Julgar as pessoas, definitivamente, é um hobby! Dividindo o veredito ou não, eu me divirto demais com as minhas inconclusivas conclusões sobre todos os desconhecidos. E me divirto mais ainda com as conclusões erradas sobre os conhecidos, que mostram uma nova façanha ou uma nova bobagem sempre que possível.
Eu tenho complexo de Deus, e acho que muita coisa, muita coisa mesmo, gira bem ao redor do meu umbigo.
A minha bunda também é virada pra lua e a minha estrela tem o estranho hábito de brilhar mais forte justo quando eu mais preciso. (AMÉM!)
Descobri que meu sorriso e minha simpatia podem me levar bem mais além do que eu pensava.
Percebi que todas as lágrimas valem pra alguma coisa, nem que seja pra hidratar a pele e fazer rir das próprias bobagens.
Descobri que querer alguém por perto é só um ponto de vista altamente mutável.
Percebi que em alguns (muitos) casos eu gosto de me envolver com as pessoas erradas, principalmente aquelas denominadas “amigos-do-meu-pegueti-atual”. rs
Descobri que sair totalmente sozinha além de ser ótimo para o charme calculado, é muito agradável.
Percebi que eu ando farta de amigos novos, ressuscitar os velhos é bem mais gostoso.
Entendi que eu sempre gosto da pessoa pelos primeiros dez minutos de conversa, que o tom de voz e o cheiro já são praticamente uma cancela de aprovação para meu amiguinho cérebro.
Comecei a usar toda a minha observação a meu favor, e de repente, comecei a entender de linguagem corporal...
Deixei velhos clichês e redomas de lado e me deixei levar, por paixões, por enganos e até por enganados.
Descobri o sujo prazer de usar alguém pra finalidades sentimentais.
Fortaleci o hábito de irritar quem eu já irrito só por andar por aí, sorrindo e sabendo de muita coisa que não devia...
Aumentei o refinamento das minhas ironias e comecei a ampliar o arsenal de ofensas.
Ressuscitei o antigo anseio de “jogar na cara” as coisas que eu sei que fazem doer.
Descobri que quando eu quero, eu arrumo as malas e vou. Uma, duas e só não a terceira, por que me foi negada.
Reforcei o vício por cotonetes e fios dentais!
Minha alergia amenizou, meu juízo também.
Minha perda de memória pós bebida se agravou e freqüentemente fico sabendo de coisas feitas pela minha alcoólica figura via MSN.
Achei, enfim, o baú onde guardo a minha segurança e tento, com sucesso, abri-lo todos os dias antes de sair de casa.
Gosto de manter algumas pessoas por debaixo de pronomes possessivos em primeira pessoa.
Meu nível de paciência com meus pais diminuiu, e eu, e eles, não gostamos.
Reafirmei que BH é um ovo e que o mundo é uma caixinha com dois!
Ando me libertando mais para novas coisas ou dando chances para antigas que já não interessavam tanto.
Aprendi que coração é apenas um músculo que bombeia sangue e de quem você, realmente, tem que cuidar, é da sua cabeça.
Contei pra todo mundo que eu odeio dormir e que forçar-me a ficar acordada é um dos meus passatempos favoritos.
Percebi que eu preciso pensar mais ainda sobre as coisas que eu fiz, que analisar cada situação inúmeras e inúmeras vezes é um dos baratos prazeres que fazem a minha vida ficar tão gostosa.
E finalmente, eu só quero que 2010 seja “metadinha” do que eu vivi em 2009.


OBS 1: post bom para ser lido escutando qualquer uma dos Strokes


OBS 2: pra constar, nesses 3 meses de 2010 eu já vivi boa parte do que eu gostaria pra todo o ano, logo, os restantes 9 meses p-r-o-m-e-t-e-m! ;)